sexta-feira, 8 de outubro de 2010

CASO:Padre José Augusto

Emissora de TV transmite sermão de padre contra voto em Dilma Rousseff

Os boatos sobre o suposto apoio da presidenciável Dilma Rousseff à prática de aborto geraram reações enérgicas do padre José Augusto durante a exibição de um sermão ao vivo, na última terça-feira (05), pela TV Canção Nova.
O clérigo pediu aos telespectadores que se mobilizem e não votem em Dilma Rousseff no segundo turno. O apelo, segundo o padre, partiu de fiéis contrariados com o suposto posicionamento do PT a favor da interrupção de gestações indesejadas, informa o portal Terra.


"O que tem me agitado são muitos e-mails que eu tenho recebido. E a questão é essa da eleição. E eu não posso deixar de falar também porque eu sou sacerdote de Nosso Senhor Jesus Cristo. Diante de tantos pastores se pronunciando, diante de tantos bispos se pronunciando, nunca vi uma eleição tão agitada como essa, nunca vi. Tenho 44 anos de idade e nunca vi uma eleição tão agitada. Por que de tanta agitação? Porque os rumos da nação brasileira estão prestes a mudar, e eles poderão mudar para o pior, para o lado pior se nesse segundo turno - eu vou falar com clareza - se o PT ganhar", disse padre José Augusto aos fiéis.
"Podem me matar, podem me prender, podem fazer o que quiser. Não tenho advogado nenhum. Podem me processar e, se tiver de ser preso, serei. Não tem problema, mas eu não posso me calar diante de um partido que está apoiando o aborto, e a Igreja não aprova. Não votei e não votarei. Deixando bem claro, porque sou a favor da vida. Estou agitado porque não é possível que os cristãos estejam tão alheios à situação, preocupados apenas com seu trabalhozinho, com seu emprego, com suas coisas, sabendo que o PT está querendo aprovar leis aonde o sacerdote não pode se pronunciar, aonde o sacerdote não pode falar, aonde os meios de comunicação religiosos só vão ter uma hora de programação", disse o religioso, que aproveitou a oportunidade, ainda, para reafirmar seu posicionamento contrário ao casamento gay.



Após a transmissão do sermão, os responsáveis pela coordenação de campanha de Dilma se reuniram para discutir as medidas cabíveis. Ainda segundo o Terra, o assunto é tratado com cautela, uma vez que criticar um sacerdote pode ser desfavorável à campanha.
O fundador da Comunidade Canção Nova, Monsenhor Jonas Abib, divulgou nota em que pede desculpas por "qualquer excessos" e ressalvou que a emissora "não vê cada candidato por suas bandeiras, mas os acolhe como filhos amados de Deus".



"Cada fiel deve votar de acordo com suas convicções e com a doutrina social da Igreja. Para este tempo, peço a cada um oração e silêncio. Acolhamos a todos. Rezemos para que eles possam conhecer a verdade. A Canção Nova não apoia candidatos ou partidos. Acolhe a todos. Por fim, peço em nome da Canção Nova, perdão por qualquer excesso. Nosso objetivo é promover o amor, nosso carisma maior", afirmou Monsenhor Jonas Abib.
A assessoria da Canção Nova ressaltou que a orientação da emissora é não apoiar nenhum candidato e também não fazer "trabalho contra" qualquer candidato à Presidência.



Informações do Portal Imprensa - UOL

5 comentários:

Anônimo disse...

Qualquer excesso deve ser contido.

Se ele cometeu excessos ou não, eu acredito que o Padre José Augusto é consciente do que diz e vai decidir o que fazer: ratificar o que disse ou se redimir.

E aproveito para dizer que o Padre é exemplo para nós eleitores. Se somos cristãos na Igreja, vamos às missas, louvores e não defendemos a vida na hora de votar, simplesmente estamos brincando de cristãos. É preciso que saibamos o que os candidatos pensam a respeito do que a Igreja nos aconselha, a respeito da vida e, acima de tudo, a respeito do que é agradável aos olhos de Deus.

Jackson Marinho disse...

Tô com o Padre e não abro!!!!!!!

Tudo o que ele falou é verdade, ir com a legalização do aborto é ir contra Deus.

O primeiro direito do ser humano é o direito de poder nasce, de viver.

Vida: direito de todos - Só Deus é o Senhor da vida!

Jackson Marinho disse...

Vejam:

“A vida do homem provém de Deus, é Seu dom, é imagem e figura dEle, participação do Seu Sopro Vital. Desta vida, portanto, Deus é o único Senhor: o homem não pode dispor dela” (João Paulo II na encíclica Evagelium Vitae 39).

Nesta última matéria da nossa série “Vida: direito de todos”, trazemos até você a palavra da Igreja na voz de Dom Benedito Beni dos Santos, pastor e bispo da diocese de Lorena para falar da dignidade e do valor da vida humana. Nenhuma pessoa, instituição ou legislação, têm o direito sobre a vida de um ser, sobretudo aquele que ainda não nasceu.

“Só Deus é o Senhor da vida. Não existe nada que justifique a prática do aborto, porque o aborto é a destruição de uma vida inocente. A vida é, antes de tudo, um dom fundamental, sem este dom nós não podemos receber nenhum outro”, explica o bispo de Lorena.

Perguntado sobre a questão da legalização do aborto no Brasil, dom Beni disse que “legalizar o aborto é legalizar o crime”, e lembrando as palavras de João Paulo II por ocasião de uma de suas visitas à sua terra natal [Polônia], o bispo disse: “Ai da nação que mata os seus próprios filhos, porque legalizando o aborto nós teremos o próprio povo matando seus filhos, e isto é uma aberração, é um absurdo, um crime diante da humanidade e diante de Deus.

“Legalizar o aborto como uma questão de saúde publica é uma contradição. Nós temos direito ao corpo no sentido de cuidar dele, mas ninguém tem o direito de destruí-lo. Por outro lado, nós sabemos que a criança em gestação não é parte do corpo da mulher, é uma nova vida que surge em seu seio e, portanto, um novo ser de direitos que a própria mãe precisa respeitar. De modo algum a criança é um membro do corpo da mãe", explica dom Beni.

MINISTÉRIO DE MÚSICA disse...

eu ainda acho q politica nem ser quer deve ser discussão na igreja,principalmente na homilia das missas.

Anônimo disse...

Acho que não é proveitoso ao sacerdote, nem reto de sua parte, apoiar candidato algum durante a homilia, pois, fazendo-o, estará fazendo a assembléia entender que a Igreja apóia candidatos políticos. O que não é verdade, pois o único em que a Igreja deve se apoiar é em Jesus Cristo, Justo. É também uma armadilha para o sacerdote ir contra qualquer candidato ou partido em sua homilia de maneira que cite nomes ou legendas.

Na Igreja há cristãos, dentre os quais, há a maioria que é habilitada ao voto. E esses que votam precisam ouvir do sacerdote aquilo o que eles irão considerar na hora de votar nos candidatos a cargos políticos. Ou seja, é preciso que tenhamos uma base cristã antes de pensar em votar em A ou em B. É preciso que, em nome de Jesus Cristo, seja pregado o amor e combatida toda a espécie de mal que esteja na política. Edificados em Cristo os cristãos eleitores podem discernir sobre quais candidatos apresentam uma proposta política que tenha em si a defesa da vida desde a concepção até o último suspiro.

Que não preguemos contra alguém, mas contra tudo aquilo que o nosso coração sente que não é de Deus, pois quem peca tem consciência de que peca, mesmo pensando que não está pecando.

Fiquem com Deus, até mais!

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